quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

lavage de rôpa

hoje eu to vestida de trouxa. trouxa de roupa suja, daquelas bem imundas, dos nego que joga futebol no campinho de lama. E não, não há sabão Omo nas proximidades.

Se virem com essa glicerina ae!

sobre os nossos limites

Li outro dia ai, acho que há dois dias mais precisamente, uma reportagem sobre uma moça em algum lugar da Ásia, redatora de uma  agência de publicidade, que morreu após 3 dias de trabalho consecutivo e exaustivo à base de muito energético. Mais ou menos isso... Fato é que ela morreu.

Fiquei pensando sobre isso um tempo... Avaliei que logicamente existe o livre arbítrio envolvido (pode ter trabalhado isso tudo, dessa forma por uma escolha), a coação (pode ter trabalhado isso tudo por ter se visto obrigada de alguma forma a cumprir alguma meta específica em menos tempo), a incapacidade de dizer não (pode ter trabalhado isso tudo por ser alguém como eu, que tem dificuldades em dizer não, em se recusar a fazer algo que vá além da capacidade ou apenas  por não querer).

A questão é que pensei também que vivemos numa cultura que valoriza muito isso, essa coisa de se superar, de "ah, porra, fui trabalhar doente, com um olho brotando na testa e uma terceira boca na nuca, mas fui". Sabem? A gente meio que se orgulha disso e chama de fraco aquele que respeita os limites do corpo, da mente, aquele que opta por ter uma noite sadia de sono, ao invés de virar a noite como a gente com 3 litros de café e uma ansiedade do tamanho do Maracanã.

Sei lá,  só pensei.

Hoje acho que to vestindo uma roupa listrada. Um pijama. Porque mentalmente eu estou em casa, deitada, respeitando meus limites mentais e físicos.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Retrospectiva

Todo mundo usa facebook e todo mundo compartilha coisas por lá. Existem alguns que acham até que eu me exponho demais nessa rede social. Mas isso é outra história. O grande lance é que hoje acessei a rede social pelo computador e não pelo meu pobre celular. Pude então ter acesso a retrospectiva do tio Marquin.

Tava era me cagando dessa merda. Como meu fim de ano não tá tão bacana, achei que né? Ele ia esfregar na minha cara a derrota, a desonra, a humilhação, o desespero, a porra toda. Não foi bem isso. Tio Marquin foi benevolente, me fez um carinho. Fez até eu vestir um biquini fio-dental por dentro...rs. Mentira, no máximo coloquei uma sainha curta com uma camiseta.

Fato é que Tio Marquin me fez enxergar quanta coisa bacana me aconteceu esse ano. Que eu deveria parar de ser imbecil e olhar todas essas pequenas conquistas como uma montante de moedas de um real que eu devo colocar num porquinho de cerâmica do tamanho de uma geladeira. Foi e é a minha maior riqueza.

A presença de amigos de verdade, aquisição de novos, emprego novo, desafios, perrengues. Menos 37 kg nesse corpo que ainda não está em seu estado ideal, mas me faz sentir menos triste.

Quero te dar um beijo na testa, Marquin. E dizer que a hora que ce quiser a gente sai, pega um trem pra Japeri e compra um pacote de bananada pra grudar no teu dente.

Hoje eu to assim: um moleque descalço, jogando pelada cos amigo.

.Oi

Meu nome é Alline. Alline Katyuza.

Tenho hoje 28 anos, mas as vezes acordo me sentindo com 13. Outras vezes com 82.
Nasci em Junho de 1985. Dia 17. Pela hora do almoço, porque sou dessas inoportunas.

Estou começando esse blog por um motivo simples: mood, humor, variações. Multiplicidades.
Acontece que sou muitas ao longo do dia, as vezes muitas iguais, mas muito mais diferentes.
Estou querendo na verdade registrar quantas em média eu venho a ser num mesmo dia.


Vejo muitas pessoas se perguntando com que roupa vão, dizendo que é um reflexo do que há por dentro.
Eu não sigo essa regra. Aliás, se a seguisse, alguns dias eu andaria nua, porque não haveria o que refletir.

Meu estilo é conforto. Se pudesse usaria pijamas. Me caem bem, me sinto bonita com eles e sempre conseguem casar com a roupa de dentro. Seria mais fácil.

Falarei por aqui sobre que roupa estou usando por dentro em determinado dia, período do dia, minuto do dia, sonho do dia. Talvez assim eu consiga compreender melhor o que estou refletindo de fora pra dentro.



A propósito, hoje eu to assim: meio dona benta, meio pacote de pão vazio e amarrotado.

Meio ali esquecido, embora algum dia já tenha sido importante.

Nova era

 Tanto tempo sem vir aqui. Nem lembrava mais que esse espaço ainda resistia. Ao que parece, a distância de uma década ou um pouco mais foi p...