segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

quando a gente se distancia da gente mesmo

Muitas vezes a gente quer que a vida pare, que ela aguarde a gente retomar o fôlego pra seguir em frente. Mas a vida é uma piranha, é uma danada. Ela faz o que bem quer e não para pra ninguém. Daí a gente se ressente e pensa: Poxa, mas não dá pra esperar eu me recompor um minutinho?

Não, não dá. Grande parte das transformações na vida dos seres vivos ocorrem quando estes estão em movimento. Desde a borboleta, - que enquanto lagarta se lacra num casulo para prosseguir com sua evolução longe das vistas de outros - até o mais sensível e ferido dos seres humanos.

A cura vem pelo movimento. É nele que você vai encontrar novos caminhos, novas pessoas, novas oportunidades, novos sorrisos, novos olhares.

Mas e se no caso a nossa ferida for bem maior que tudo? A gente pode diminuir o passo, nos mover mais lentamente... Mas parar nunca.


Espero que um dia você ponha seu coração em movimento com o meu.

*Hoje eu to de pijama. Mais uma vez.

sábado, 11 de janeiro de 2014

pequenos rituais

Todo mundo tem um ritual pra chamar de seu. O último cigarro antes de dormir, algumas páginas de livro. Um leite morno com biscoitos. Um diário em prantos.

Meu ritual antes de dormir tem sido pensar em mim. No meu futuro, na minha conta bancária, no seu cheiro, na merda que você deve estar fazendo, e depois na minha conta bancária de novo. Na minha família, nos meus amigos distantes e que só a distância consegue afastar.

Daí eu penso em você de novo. E nas merdas que está fazendo.
Daí eu dou risada e lembro do último beijo que te dei antes de pegar o ônibus e como foi engraçado o jeito que você disse: Se cuida, tá? Eu te ligo.

eu to me cuidando. só pra você saber.


*hoje estou de vestido floral, daqueles levinhos. Cachos ao vento. sorriso nos lábios e frio na barriga.

fantasia

hoje eu estou vestida de ponto de interrogação.
uma fantasia enorme.


quero saber o que falta em mim. o que falta pra você.

mas talvez eu nem esteja vestida de nada que não seja o manto da invisibilidade.

eu to aqui mas você não vê. to aqui mas você não sente.

nem você e nem ninguém.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

2014. Dia 1.

Oi 2014. Tudo bem?

Não tô aqui te pedindo pra ser macio, educado, elegante, ou ainda que tenha compaixão de mim.
Na real não sei se posso te pedir algo. Talvez seja você quem deveria me pedir alguma coisa.
Talvez seja você quem deveria me informar qual será a melhor forma de agir.

Não posso e nem devo reclamar de 2013.
Tava me agoniando já, parecia que ele não teria fim. Mas ele foi absolutamente necessário.
Foi muita perda e muito ganho. Mas foram lições muito importantes... como as de 2004 e 2008.

Mas olha, se eu tivesse direito de te pedir algo, de sugerir algo, de sei lá, de repente dar uma dica...
tudo se resumiria a equilíbrio.

hoje eu to me sentindo turista com máquina fotográfica em punho na Praia de Copa no dia seguinte ao Reveillon: To vendo um rastro de destruição, mas já tô vendo uma galera limpando, a coisa melhorando e sei que no final a paisagem voltará ao seu normal. Enquanto isso, sigo registrando o processo.

Nova era

 Tanto tempo sem vir aqui. Nem lembrava mais que esse espaço ainda resistia. Ao que parece, a distância de uma década ou um pouco mais foi p...